sábado, 12 de setembro de 2009

Futebol da Paraíba (Final)

Resumo histórico

07 de Setembro de 1925, nasce o mais querido da Paraíba

(...)02 de Setembro daquele mesmo ano, em uma quinta-feira, à noite ocorreu uma reunião no clube dos comerciários, onde hoje está localizado o prédio da Associação Comercial, na avenida Floriano Peixoto. Naquela data Antonio Fernandes Bióca, que ficara entusiasmado com o grande número de interessados na proposta, marcara uma reunião formal para o dia 07 de Setembro, com o propósito de oficializar a criação de uma agremiação esportiva em Campina Grande.

Assim, no dia 07 de Setembro de 1925, às nove horas da manhã, compareceram à residência de Bióca, que ficava vizinho ao antigo cine Babilônia, José de Castro, José Eloy Junior, Amélio Leite, Plácido Véras, José Sodré, Zacarias Ribeiro, José Rodolfo, Olívio Barreto, José Casado, Alberto Santos, Osmindo Lima e Luiz Gomes.

O anfitrião ficou desanimado com o baixo número de pessoas presentes, diante do público que vira na reunião anterior e pensou até em desistir da empreitada, mas mesmo com o reduzido número de participantes à reunião, a idéia de desistência não prosperou e passou-se a escolher o nome da nova agremiação esportiva, vários nomes surgiram, mais não se chegou a nenhum consenso, pois o intuito era criar algo novo e original, então essa escolha ficou para a próxima reunião, conforme ficou registrado na ata número 07, do Treze Futebol Clube, de 07/09/1925.

Entusiasmados diante da receptividade do público quanto à noticia de que um novo clube de futebol estava surgindo na cidade, os futuros atletas alvinegros marcaram uma segunda reunião, sob a coordenação de Bióca, que fora escolhido como presidente interino, sendo o assunto da pauta a escolha do nome da agremiação. Mais uma vez as idéias foram surgindo, mais nenhuma original, essa agremiação deveria ter um nome diferente de todas as outras já existentes.

Os pontos positivos deste encontro foram o acordo de que o nome do novo clube deveria ser algo original e a definição das cores, que também deveriam ser diferentes dos demais clubes, então Plácido sugeriu o preto-e-branco que para sua surpresa foi logo aceito por todos, quanto ao nome não se chegou a nenhum consenso novamente.

No dia 20 de outubro de 1925, novamente os treze desportistas estavam reunidos na casa de Bióca, discutindo um nome para o clube, que até então era apenas rotulado como uma “sociedade desportiva”, conforme observa a ata de número 03. Em certo instante José Casado levanta-se e conta o número de presentes à reunião e observou que eram treze componentes desde a primeira reunião, então sugeriu duas opções Treze SPORT CLUBE ou TREZE FUTEBOL CLUBE e como a atividade a ser desenvolvida seria o futebol, ficaram com a segunda opção. Nascia ali o mais querido da Paraíba.

Na manhã seguinte, quando a noticia se espalhou pela cidade à população ficou surpresa com a escolha do interessante nome para a agremiação que surgia, mas embora tendo nome exótico nome, o destino do “Galo da Borborema” (expressão de autoria do poeta Murilo Buarque, fazendo alusão ao número 13 no “jogo do bicho”) seria o de voar alto como as águias. Daí no primeiro jogo,o novo clube já contara com torcida junto ao campo de areia.

A História do Treze Futebol Clube – Cronologia

O Treze Futebol Clube surgiu do carinho e da paixão pelo futebol de treze desportistas. Alberto Santos, Osmindo Lima, Olívio Barreto, Zacarias Ribeiro, José Casado, Plácido Véras, José de Castro, José Eloy, José Rodolpho, José Sodré, Amélio Leite, Luiz Gomes e Antônio Bióca reuniram-se naquele dia, na residência do último, com o propósito de fundar uma sociedade esportiva.

O nome foi uma proposição de José Casado, fundamentada no número de sócios que haviam assinado a primeira ata. Já as cores foram propostas por Plácido Véras.
A história do Treze é grandiosa, não podendo ser resumida em poucas palavras. De modo detalhado, em 2006 foi lançado o livro "Treze Futebol Clube: 80 anos de história".

Fotos: Diário da Borborema e Arquivo pessoal de Luciano Jordan.


2008.
2007.
2006.
Em 2005, Lula com a camisa do Treze ao lado de Ronaldo e Cássio Cunha Lima.
2001.
1997.
1995.
1985.
1984.
1983.
1982.
1981.
1978.
1972.
1959.
1958.
Garrincha com a camisa do Treze, em 1958.
Exemplar histórico de 1952.
Estádio Presidente Vargas

Fundado em 17 de março de 1940 o Estádio Presidente Vargas é um dos orgulhos do torcedor Trezeano e um dos maiores patrimônios de um clube de Futebol da Paraiba.
Localizado no Bairro de São José, bairro próximo ao centro de Campina Grande, o Estádio abriga a maioria dos jogos do Treze Futebol Clube no campeonato paraibano e alguns jogos da série C do Campeonato Brasileiro.

Vem sofrendo manutenção constante e reformas em sua infra-estrutura para adequar melhor as instalações a nossa torcida, funcionários, imprensa e todos que ali estejam. A ampliação do número de espaços na arquibancada geral se faz necessário para que possamos ampliar os espaços e a receita com arrecadações com jogos. A Diretoria já iniciou estudos para a ampliação da arquibancada geral, em breve será lançada uma campanha para o erguimento desses espaços.

Infra-estrutura

Capacidade do Estádio: 10.000 pessoas; Capacidade de cabines de imprensa: 6; Capacidade de cadeiras: 500; Capacidade de arquibancadas: 9500; Número de vestiários: 3; Número de banheiros: 7; Número de portões de acesso: 8.


Resumo histórico

Em 12 de Abril de 1915, a nata da sociedade local fundou um clube dançante, o CAMPINENSE CLUBE. Foram fundadores : Elias Montenegro, Dino Belo, Antonio Lima, Sebastião Capiba, João Honório, Horácio Cavalcanti, Manoel Colaço, Luiz Soares, Antonio Cavalcanti, César Ribeiro, Valdemar Candeia, Nhô Campos, Sindô Ribeiro, Severino Capiba, Adauto Belo, Basílio Agostinho de Araújo, José Amorim, Tertuliano Souto, Gumercindo Leite, Martiniano Lins, José Aranha, Alberto Saldanha, Acácio de Figueiredo, Arnaldo Albuquerque, Gilberto Leite, José Câmara, Alexandrino e Adauto Melo.

Como ainda não contava com sede própria, o novo clube passou a funcionar no Colégio Campinense. Detalhe digno de assinalar foi a escolha do nome do novo sodalício. Reuniões e mais reuniões se sucediam e não se chegava a um acordo. Finalmente, o jovem e brilhante advogado Hortênsio Ribeiro, numa “quente” reunião propôs que o clube se chamasse Campinense. Esse nome retratava tudo, inclusive o bairrismo dos seus fundadores. E obteve votação unânime.

O Dr. José Câmara presidiu a diretoria provisória, no entanto, foi eleito o primeiro presidente no ano seguinte. A posse foi solenizada com um jornal falado, o “Campinense Clube”. A solenidade foi no palco do Cine Teatro Apolo, rua Maciel Pinheiro, onde era a Livraria Pedrosa (a velha ).

FUTEBOL

Embora o rubro-negro de Campina Grande tenha começado a trajetória em 1915, sua torcida precisou esperar até 1960 para poder comemorar a conquista de um titulo estadual, em virtude de uma norma que estava em vigor desde 1919, que proibia a existência de um departamento de futebol na estrutura administrativa do clube, e só revogada em 1954. em compensação, a vitória abriu a série do hexacampeonato estadual, feito inédito e até hoje não repetido pelos clubes paraibanos.

O CAMPINESE CLUBE é o maior clube de futebol da Paraíba, tendo a sede social em Campina Grande , no bairro da Bela Vista. Lá também está sendo construido im centro de treinamento. Único Hexacampeão paraibano o Campinense Clube acumula diversos títulos e é carinhosamente chamado pela imprensa paraibana de “Equipe Cartola”.

2008. Time que subiu para a Série B do Brasileiraõ. Em pé: Sergio (aux. Supervisão) - Dorgival(Supervisor) - Rai - Fabiano Silva - Pantera - Ricardo Oliveira - Charles Wagner - Jorge Hipolito (preparador de goleiros). Agachados: Washington - Paulinho Macaiba - Fabio - Elvis - Marquinhos Marabá - Déda (mordomo) e Robério (aux. goleiro).
Campeão Paraibano de 2008.
2004, Campeão Paraibano.
1993, campeão.
1991.

1971/1975 Penta-Campeão.
1960/1966
Equipe de 1954. Em pé: João Pequeno - Wilson - Ribôte - Edilson - Cariri e Zé Souto. Agachados: Luizinho - Itamir - Rimar - Bismarck - Nelson e Wanda.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Futebol da Paraíba (01)

Resumo histórico

Em 1908, um grupo de rapazes que estudava em outros centros, voltou à Parahyba (atual João Pessoa) para férias escolares. No dia 10 de janeiro daquele ano, o acadêmico Eugênio Soares chegaria do Rio de Janeiro com uma bola de couro para a prática futebolística. Surgiu então a ideia de fundar-se um time de futebol que levou o pomposo nome de “Club de Football Parahyba”, seguindo a tradição de denominar os nomes na língua inglesa. Para o espetáculo inaugural, dividiram-se em duas equipes: Norte e Sul.

No dia 15 de janeiro de 1908, após as providencias necessárias, no “Sítio do Coronel Manoel Deodato”, ns proximidades da atual Praça da Independência na capital do Estado, ocorreria o primeiro match-treino de futebol na Paraíba, entre as equipes anteriormente divididas. Segundo consta, um grande público compareceu ao local para testemunhar o fato.

Em 23 de fevereiro de 1908, às 16 horas, o Parahyba realizaria o seu segundo match-treino. Fora demarcado um campo de futebol, que seria denominado de “Derby”, sendo colocadas várias cadeiras à margem da cancha de jogo, cedidas pelo Teatro Santa Rosa, destinadas aos convidados. Este segundo jogo terminaria empatado em 1 tento.

Foi nesta data que Bióca assistiu a uma partida de futebol pela primeira vez, quase que por acaso. Acompanhando o seu pai pela cidade de Parahyba, quando da entrega de uma certa quantidade de carne para ser embarcada em um dos navios que aportara em Cabedelo, fora informado que haveria uma nova apresentação deste esporte.

Acabaria por tomar gosto pelo jogo, passando a praticá-lo ao lado de outros esportes, como ginástica e caminhadas. A partir daí, começou a atuar nos campos improvisados de Parahyba como “Keeper” (goleiro) e, vez ou outra, jogando de “full back” (beque central).

Terminadas as férias escolares de 1908, os rapazes voltaram aos seus colégios e o Club de Football Parahyba dissolveu-se. Mas a “semente” futebolística lançada ao solo fecundaria e, em 1909, seria fundado o Parahyba United, vindo em seguida o Red Cross e, depois, o América. Todos eles enfrentariam o grande problema para a prática do esporte naquela época: a falta da bola, o que terminava por provocar, algumas vezes, intervalos bem acentuados entre os jogos, enquanto se esperava a chegada da pelota, vinda do Rio de Janeiro.

Fonte da Pesquisa: Livro Treze Futebol Clube: 80 anos de história (Capítulos 1 e 2).
Autor: Mário Vinícius Carneiro Medeiros

Fotos: Livro "A história do futebol paraibano", de Walfredo Marques.

Walfredo Marques, autor do livro "A história do futebol paraibano"
Sousa, campeão paraibano de 2009.



Em 1961, no Rio de Janeiro, Walfredo Marques, autor do livro "A história do futebol paraibano", com João Havelange, presidente da CBF na época.






Doutor João Santa Cruz de Oliveira, eleito presidente da Liga Desportiva Paraíba em 15 de dzembro de 1931, permaneceu no cargo até 1935.





América F.C., campeão de 1923. Em pé: Queiroz - Meireles - João Augusto - Rabêlo - Jair - Edgar - Pimenta e Silvestre. Agachados: João Albuquerque - Simeão e Chaguinha.




Antônio Fernandes Bióca, fundador e jogador do Red Cross, introdutor do futebol em Campina Grande, no ano de 1913 e goleiro do Cabo Branco, no ano de sua fundação (1915). Grande animador do futebol provinciano desde o seu apareciemento. Foi ainda o fundador e primeiro presidente do Treze de Campina Grande, em 1935.
Piragibe Brabâncio de Souza Lemos foi um dos fundadores e primeiro presidente do Club de Foot Ball Parahyba, a primeira agremiação futebolistica do Estado, fundada em 19 de fevereiro de 1908.