terça-feira, 26 de junho de 2012

Raridade colorada

Victor Neves Galvão atuou pelo clube colorado de 1909 a 1914. De físico e estatura (1m64) diminutos, fazia prodigios para escapar dos trancos e das marretas, recursos legais na época.

Do terceiro time foi direto para o primeiro. Remédio para as lesões: um copo de vinho do Porto. Imposição financeira para jogar: um mil réis por mês. Carlos Kluwe, Francisco Vares e Túlio Araújo, eram os "cobrões" daquele tempo.

O primeiro troféu conquistado pelo Internacional, uma artística taça, decorreu de uma goleada de 6 X 0 sobre o União em Pelotas, em 1912.

Meu avô foi craque do primeiro Inter

Caraca, já tinha ouvido muitas histórias de família. Nunca fui atrás, resolvi ir. E descobri a Revista Colorada, edição de junho de 1958 com meu avô, o “Galvaozinho” como destaque desta edição.

O fato é que “Galvaozinho” (meu nome completo é Jonatas Galvão Abbott) não foi só craque do Inter mas titular do primeiro time da primeira partida oficial do Internacional em 1909. A escalação foi Lindenmeyer - Mendonça e Bahr – Kluwe - Vinholes II e Volkmer - Vinholes I – Paulista – Gaffré - Galvão (meu avô) e Poppe.

Mais, o meu avô marcou o quarto gol dos 5 X 0 que aplicamos sobre o Nacional.

Pois é, são mais de 4 páginas da revista com uma entrevista com ele e com a família. Contando coisas sobre ele, suas jogadas e as desventuras de um Inter novo e amador. Muito legal. Jogou no Inter até 1914, depois ele foi ser contador e teve 9 filhos, entre eles minha mãe. Ela e mais 4 irmãos vivem. (Fonte: Jonatas Galvão Abbott - Empresário, Fotógrafio e Consultor de Marketing e Vendas)

Capa da "Revista Colorada".

Galvãozinho, craque colorado de 1909.

Parte da família Galvão reunida para ouvir a narração de seu chefe, um dos mais brilhantes jogadores colorados do período 1909-1914.

Nesta foto da família, dois vivos ainda. O primeiro homem á esquerda é meu tio Sergio Galvão e a menina é minha tia Suzana Galvão e dona da Revista copiada aqui. Ambos irmãos da minha mãe.