terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O adeus ao Olímpico

O projeto do Estádio Olímpico, do arquiteto Plinio Oliveira Almeida, foi escolhido em um concurso, e a construção terminou em 1954.

A obra foi muito visitada pelos gremistas, que tinham um anseio grande de ter um templo que não fosse a Baixada, que já era muito antiga. As dificuldades para a conclusão, no entanto, foram muitas.

O clube precisava de Cr$ 25 mil para terminar o Olímpico. Não havia de onde tirar o dinheiro. Os dirigentes foram à Caixa Econômica Federal, que colocou as dificuldades para o empréstimo de Cr$ 8 mil. Foi feito um apelo ao Dr. João Goulart. Por meio do então presidente Getúlio Vargas, foi conseguido o financiamento.

O jogo de inauguração ocorreu em 19 de setembro de 1954, diante do Nacional, de Montevidéu. O Tricolor venceu por 2 X 0, com gols do atacante Vitor. O time que atuou naquela data teve Sérgio – Roberto - Ênio e Orli - Sarará e Itamar – Tesourinha – Milton - Camacho (Vitor) - Zunino e Torres (Jorginho). O público total foi de 15.273 pessoas.

A nova casa marcou o começo de um período de glórias, com 12 campeonatos conquistados em 13 disputados: o penta Gaúcho e Metropolitano de futebol profissional de 1956 a 1960, e o hepta gaúcho de 1962 a 1968.

Em 1976, já como presidente, Hélio Dourado percebeu que o estádio necessitava de melhorias e decidiu realizar a construção do anel superior, entre outras mudanças.

O lado das gerais era descoberto. Então resolveram partir para a cobertura. O Plinio Almeida trabalhava junto ao Departamento de Patrimônio e fez um estudo. O presidente Dourado foi para o Exterior e visto camarotes, como no Estádio Asteca (no México), e achou que o clube deveria partir para isso também.

Para viabilizar a construção, até campanha de cimento o clube fez. Foi realizada uma promoção que deu bastante dinheiro. Fizeram uma coisa fundamental, não só do ponto de vista de arrecadação, como de aproximação daqueles que são os donos do estádio, a torcida gremista. Correram o Estado fazendo a campanha do cimento.

No dia 21 de junho de 1980, uma vitória de 1 X 0 sobre o Vasco da Gama em partida amistosa marcou a inauguração do estádio concluído, que a partir daquela ocasião passou a se chamar Olímpico Monumental.

A partir da década de 1980, o Grêmio foi bicampeão brasileiro, tetra da Copa do Brasil, bi da Libertadores e campeão do mundo, entre outros títulos. O Olímpico se tornou um verdadeiro templo gremista. Templo, com o futuro decidido. Antes de completar 60 anos, deverá ser demolido.

A Arena

A idéia da construção da Arena partiu do grupo do ex-presidente Paulo Odone. Na final da Libertadores de 2007, disputada contra o Boca Juniors, o dirigente defendeu a construção do novo estádio, afirmando que o Olímpico não tinha mais condições para sediar um evento como aquele. No próximo sábado, quando de um jogo amistoso contra o Hamburgo, da Alemanha o Grêmio se muda para o seu novo estádio. (Fonte: Jornal Zero Hora)























O primeiro estádio gremista foi a Baixada, cujo terreno foi adquirido em 1904, exatos 50 anos antes da inauguração do Olímpico. O jogo inaugural ocorreu em 4 de agosto daquele ano, envolvendo os times principal e reserva do Tricolor. O terreno do campo localizava-se em uma área bucólica de Porto Alegre conhecida como Schützverein Platz, no Bairro Moinhos de Vento, ao lado do que hoje é o Parcão. Foi lá, em 18 de julho de 1909, que se realizou o primeiro Gre-Nal da história: goleada gremista de 10 a 0.


No ano seguinte, o vice-presidente do clube, Oswaldo Siebel, mandou cercar o terreno e abrir dois portões de acesso, o que permitiu a cobrança de ingressos. O primeiro pavilhão da Baixada foi inaugurado em outubro de 1912, entre as atuais ruas Dona Laura e Mostardeiro. Era uma espécie de arquibancada que abrigava cerca de 600 pessoas.

Era uma construção de madeira, simples, mas de bom gosto. Serviu para abrigar sócios e convidados. Os demais (...) se acomodavam ao redor do campo em cadeiras, entre as árvores, nos barrancos, ou no interior dos primeiros carros com motor de explosão que podiam estacionar quase na beira do gramado.

O primeiro pavilhão durou até 1918, quando foi substituído por um segundo. O terceiro foi construído em 1944, quando o clube já planejava se mudar para um novo local. O tempo passou e a Baixada começou a ficar pequena para as pretensões do Grêmio e da torcida.

A torcida do Grêmio começou a aumentar muito e nem cabia mais ali. Era um estádio que não tinha como se expandir para nenhum lado, estava espremido. Em 1950, o Grêmio deu um passo importante para a modernização do clube.

Na gestão do presidente Saturnino Vanzelotti, adquiriu uma área no Bairro Azenha para a construção do estádio que substituiria o "Fortim da Baixada", como era conhecida popularmente a primeira casa gremista. Terminava uma história de 50 anos, e começava uma nova era na vida do Grêmio.